Nosso diretor, Sr. Marcos Manozzo representou as indústrias brasileiras, junto à FIESP/CIESP, CNI e Apex-Brasil, na missão empresarial prospectiva à principal feira de negócios da China em 2018.
Com a missão de conhecer e prospectar in loco tendências do mercado, preferências dos consumidores e oportunidades para inserção de produtos brasileiros na China, prover informações sobre formas de acesso e exigências técnicas, regulatórias e aduaneiras para exportar à China, e a geração de networking e introdução aos canais de comercialização chineses, a CIIE é a maior feira de negócios do mundo, ocupando 12 pavilhões (tão grande quanto 5 Anhembis), e atrai empresas de todo o mundo e centenas de milhares de visitantes. A missão contou com a participação de um grupo de mais de 100 empresas brasileiras, fornecedoras de produtos e serviços para o mercado chinês. Em virtude da dimensão do evento, nos dois primeiros dias foi decretado feriado para evitar o trânsito e facilitar o acesso à feira.
Além das empresas, países do mundo inteiro montaram estantes para vender produtos para a China. Os ministros das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira e da Agricultura Blairo Maggi, além do presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, representaram o governo brasileiro na exposição chinesa que recebeu cerca de 50 chefes de Estado.
A China International Import Expo (CIIE) é uma iniciativa de grandes proporções anunciada pelo Presidente da China, Xi Jinping, e organizada pelo Ministério do Comércio do país (MOFCOM) para promover as exportações de produtos estrangeiros na China, segundo maior mercado consumidor e importador de todo o mundo. Pela primeira vez, o governo chinês organiza um evento deste porte com o foco exclusivo em importação de produtos estrangeiros. A China importará mais de US$ 10 trilhões nos próximos 5 anos.
Na avaliação do presidente em exercício da Fiesp e do Ciesp, José Ricardo Roriz, o encontro serviu como importante termômetro para quantificar e qualificar a já consolidada parceria entre Brasil e China. “Hoje, 60% da pauta de exportação do Brasil para a China é de oleaginosas e minério de ferro, ou seja, produtos primários, enquanto as importações da China são principalmente de máquinas e equipamentos ou manufaturados, por mérito até dos chineses, que têm a indústria como seu carro-chefe, sua mola propulsora de crescimento”, afirmou. Roriz frisou que a feira é uma grande oportunidade de melhorar a qualidade das exportações brasileiras para aquele país, o que também é de interesse dos chineses, além de conhecer mais da logística local e de sua cultura empresarial.
Segundo o diretor titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), Thomaz Zanotto, a China tem sido ponto de atenção para a federação. “O mercado chinês está na linha de frente dos locais do mundo onde teremos grande crescimento nos próximos 12 anos”, afirmou. De acordo com ele, até 2030, as áreas de maior crescimento e avanço da renda estarão todas no leste asiático, com destaque para a China, ao passo que Coreia e Japão já representam economias estabilizadas. Zanotto lembrou ainda que nos últimos 30 anos a China fez o maior processo de urbanização da história da humanidade, com mais de 600 milhões de pessoas saindo da subsistência para viver nas cidades, algo em torno de um Brasil a cada dez anos.
“Temos um mundo e a Ásia, principalmente, em uma transição gigantesca que merece atenção dos empresários. Os brasileiros têm que buscar essa fatia de mercado”, defendeu o diretor do Derex Harry Chang. Para ele, a feira de importação comandada pelo presidente Xi Jinping é um dos maiores eventos do comércio exterior do mundo.